segunda-feira, 25 de junho de 2012

OPÇÃO DE EDUARDO EM RECIFE É ENCARADA POR LULA COMO ROMPIMENTO POLÍTICO

Lula não aceitou os argumentos do governador Eduardo Campos de que o lançamento de um candidato do PSB à prefeitura do Recife tem por finalidade impedir a volta de um representante da oposição. Na opinião do governador, é preferível a vitória com Geraldo Júlio (PSB) à derrota com o senador Humberto Costa (PT), que teria força política para chegar ao segundo turno se fosse o candidato único da Frente Popular. Mas, na disputa final, não teria com quem celebrar novas alianças.
O ex-presidente, segundo testemunho de petistas, não esperava essa atitude do governador de Pernambuco, a quem dispensou tratamento vip quando estava no Palácio do Planalto. Lula queria que o PSB apoiasse a candidatura do senador – que é um dos seus mais fieis discípulos desde a fundação do Partido dos Trabalhadores – por duas especiais razões. Primeira, para que o Recife permanecesse sob controle do PT. Em segundo lugar, porque o PT apoiou o PSB no 2º turno de 2006.
O desejo do ex-presidente não foi atendido e os dois principais partidos da Frente Popular irão para o confronto. Isso terá sérios desdobramentos na política local e nacional. Afinal, o que houve no Recife não foi apenas uma jogada tática do PSB visando à conquista da prefeitura. Foi uma ruptura do PSB com o PT e o rompimento político do governador com o ex-presidente Lula. Pelo menos é sob essa ótica que o ex-presidente encarou a decisão do PSB de não apoiar Humberto Costa.

Postado no blog do inaldo sampaio

Nenhum comentário:

Postar um comentário