Foram avisados.
Tiveram todo o tempo para prevenirem-se, como tinham também todo o dinheiro para isso.
Eram dezenas de casos, não se justificava alarme, não matava mais que uma gripe.
Viraram centenas, mas vinha aí uma vacina ou uma cloroquina providencial: in God we trust…
Então viraram milhares, mas seria pior deixar a economia parar, socorria-se os bancos e a bolsa e all right.
Viraram dezenas de milhares e, ao virar a meia-noite de hoje seus doentes serão em maior número que os italianos e, é possível que algumas horas mais tarde, os chineses.
Se ainda restasse algum grau de humanidade e inteligência nos sabujos brasileiros que – como Marcelo Crivella que, de olho no apoio eleitoral, autorizou a reabertura do comércio – o exemplo dos Estados Unidos deveria estar servindo como o mais claro exemplo da necessidade de bloquear, com todas as forças possível, a disseminação do vírus.
Não se iluda com as “menos mortes” – como se mais de mil corpos fossem desimportante – porque isso é o reflexo dos casos recém iniciados que, amanha, vão para os cuidados intensivos, dos quais muitos não sairão vivos.
É a isso o que a fome do mercado que “não pode parar”está expondo milhões e milhões de pessoas, embora tenha sobras de riqueza que permitiriam parar o que não é essencial por anos sem que nada faltasse às pessoas.
O nome desta tergiversação é assassinato, é genocídio.
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