Carne estava muito barata e patamar não voltará ao que era, diz ministra. Tereza Cristina considera que produto chegou a novo preço médio após "três anos de valor muito baixo".
Por Da Redação da Veja
A alta do preço da carne – que chega a até 26% desde janeiro, dependendo o corte – indica um novo padrão, segundo avaliação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Em entrevista ao portal Poder 360, Cristina declarou que o produto “ficou por três anos com valor muito baixo” e em 2019 chegou a um novo patamar que não deve voltar à média anterior.
“[O preço da carne] vai ter uma estabilização, não vai ter mais essas puxadas. Mas não tem perigo de voltar ao que era. Mudou o patamar. Já tinha mudado o da soja, do milho. A carne ficou por três anos com valor muito baixo. Isso faz com que o mercado sinta mais essa subida”, afirmou a ministra.
Na mesma entrevista, Cristina nega qualquer possibilidade de que falte carne para venda no país: “o risco de desabastecimento é zero”, declarou.
Além de fatores conhecidos como o aumento da demanda dos chineses, a ministra aponta fatores climáticas para justificar a inflação.
“Tivemos uma seca um pouco prolongada neste ano, com pastos não de muita qualidade para fazer o acabamento do gado. Geralmente, o que o produtor faz é dar ração para o gado para fazer o acabamento. Neste ano, com o valor da arroba, não fechava a conta, então a maioria não conseguiu fazer isso e houve um retardamento da oferta de boi gordo”, disse.
A médio prazo, porém, a ministra acredita em reação do setor e benefícios aos consumidores com aumento de produção. “O produtor vinha tendo muitos problemas, querendo até trocar de atividade, porque estava tendo prejuízo. A produção vai aumentar. Podemos diminuir o tempo de abate, tendo animais mais jovens no peso ideal”, disse
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