Como já se observou aqui, a rejeição da Jair Bolsonaro avança muito mais rapidamente que o desgaste que se registra no “núcleo duro” de seus apoiadores.
É a leitura evidente que se faz da pesquisa XP divulgada agora há pouco, mostranso que as classificações de “ruim” e “péssimo” do atual presidente passaram de 31% para 36%, enquanto o remanescente de “ótimo + bom” caiu apenas 1 ponto, de 35% para 34%, variação estatisticamente insignificante.
Desta vez, a queda na aprovação foi mais rápida: o intervalo entre as duas pesquisas foi de duas semanas e – mais importante – as manifestações de rua do último dia 15. Este levantamento foi feito dias 20 e 21 de maio com mil entrevistas telefônicas.
O que cai tão fortemente quanto sobe a rejeição é a “neutralidade”: os mesmos cinco pontos de diferença em 15 dias, só que para baixo, na classificação “regular”.
A polarização, portanto, é a tendência crescente e, nela, sobra pouco espaço para uma terceira posição.
É o caminho típico dos governos autoritários, apostar no “quem não está comigo, está contra o Brasil”.
A má notícia é que o “deixe-o” superou o “ame-o”.
Bolsonaro segue tendo os “seus”. Mas, cada vez mais nitidamente, só os seus.
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