FERNANDO BRITO · no Tijolaço
Ontem, Jair Bolsonaro pediu compreensão aos militares para os sacrifícios que teriam de fazer com a reforma previdenciária.
Hoje, em O Globo, vê-se que a história pode não ser bem essa:
As concessões que a equipe econômica terá de fazer às Forças Armadas para incluir os militares na reforma da Previdência vão resultar num aumento de despesas que levará dez anos para ser equilibrado. Segundo integrantes do governo, somente no primeiro ano, o custo será de R$ 200 milhões. Essa é a diferença entre quanto o governo terá de gastar para reestruturar a carreira e quanto vai economizar com as mudanças no regime de aposentadorias da categoria.
Nem tudo seria de uma só vez, para não estourar os limites do “teto”, mas estas concessões são listadas na reportagem:
(…) a criação de mais um posto para os graduados, com reajuste no soldo, aumento da gratificação mensal relativa a cursos de formação e especialização e criação de adicional de disponibilidade militar (gratificação por dedicação exclusiva). Com isso, a categoria terá um reajuste salarial escalonado, de acordo com a patente.
A não ser que esconda o jogo que todos sabem estar sendo jogado e não envie as “bondades” de imediato ao Congresso, deixando-as apalavradas para quando “não der na pinta”, as mudanças serão mais uma complicação na tramitação da Reforma da Previdência.
Porque no parlamento, diz a frase do folclore político, tem de tudo, menos bobo.
Tanto que nada anda enquando não chegar o projeto dos militares.
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