Vejam o paradoxo a que a insânia midiático-judicial nos levou.
A pesquisa CNT/MDA divulgada hoje mostra que, somados os que dizem que Lula “é o único candidato em que votariam” (27,6%) e os que “poderiam votar nele” (22,5%) tem-se a maioria absoluta dos eleitores e, se considerado o percentual dos que “não votam em ninguém”, algo como 60% dos brasileiros.
É mais ou menos o percentual de votos válidos que ele alcança nas simulações de segundo turno.
Lula também é o menos rejeitado de todos os candidatos, um milagre, se considerados os tr~es anos de campanha midiática avassaladora contra ele.
Os 27,6% de vinculação do voto exclusivo em Lula – “o único em que poderia votar” – superam em mais de o dobro os de Bolsonaro (13,3%) e ainda mais quando se trata de Marina Silva (5%) e Geraldo Alckmin (3,5%).
Quase o dobro – ou mais, muito mais – é também o mínimo que Lula tem em qualquer das simulações de segundo turno.
O adversário mais forte, Jair Bolsonaro, perde de 25,8 (36,86 dos válidos) a 44,1 (63,14% dos válidos) para ele. O resto é daí para pior.
E no entanto, estamos na iminência de termos uma eleição na qual o franco favorito é impedido de concorrer.
O que, pela pesquisa, poderá ser inócuo: 16,4% dizem que votam em qualquer candidato indicado por ele e mais 26, 4% poderiam votar, dependendo do candidato. Nada menos, portanto, que 42,8% dos eleitores têm disposição de seguir sua recomendação de voto. Mais que o suficiente, tirando a parcela dos que não votam em ninguém, para fazer maioria.
Uma advertência a quem quiser entender de que poderemos ter um candidato eleito “em nome de Lula”.
E, claro, uma crise anunciada.
A íntegra da pesquisa está aqui, em pdf.
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