Tarifa sobre aço, marco de nova guerra comercial, atinge mais os aliados dos EUA
Nelson de Sá – Folha de S.Paulo
As manchetes de Wall Street Journal, Financial Times e CNN acordaram no fim de semana para o fato de que a China não foi a vítima de Trump, ao anunciar tarifas contra importação de aço.
Ao vivo e anonimamente, a Casa Branca afirmou que não haverá exceção, isenção de país. Ou seja, a guerra comercial deve “ferir mais aliados que adversários”, publicou o WSJ, explicando:
“O Canadá é o maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, respondendo por 17%, seguido de perto por Brasil e Coreia do Sul.”
Na China, o jornal Huanqiu (Global Times, na edição em inglês), ligado ao Partido Comunista, publicou um editorial em que mal conseguia esconder o sarcasmo:
“A China é só o 11º exportador de aço para os EUA, depois de Canadá, Brasil, Coreia do Sul, México, Rússia, Turquia, Japão, Alemanha, Taiwan, que é da China, e Índia. Nós suspeitamos que a retórica ‘punir a China’ de Trump é somente uma tática para sujeitar os seus aliados.”
O WSJ arriscou uma outra explicação, em longa reportagem intitulada “Em cidade do aço na Pensilvânia, a proposta de tarifa é vencedora”. A medida é vista por lá como “uma chance de mais empregos e maiores salários”.
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