Mesmo com o “desconto” da habitual grosseria do presidente eleito, a sua declaração sobre qual é a reação do novo governo às investigações sobre os recursos de “caixa-dois” que teriam sido recebidos pelo seu “ex-super” ministro da Casa Civil, Ônyx Lorenzoni foi um verdadeiro coice no parlamentar gaúcho, seu aliado de primeira hora:
“Olha só, havendo qualquer comprovação obviamente ou uma denúncia robusta contra quem quer que seja do meu governo que esteja ao alcance da minha caneta Bic, ela será usada”.
O problema é que, além da grosseria, os fatos também estão a atingir Ônyx.
Primeiro, fatiaram-lhe o superministério colocando o general Carlos Alberto dos Santos Cruz como ministro chefe da Secretaria de Governo, que seria absorvida pela Casa Civil e, pior, que parte da articulação política ficará com ele.
O incalável General Mourão também chalou um pouco dela para si, embora poucos creiam que ele vá atrair algum interlocutor à luz do dia.
Paulo Guedes não esconde sua irritação com a tática de minimizar a reforma da previdência previamente, em lugar de pedir muito mais e, se necessário, ceder algo.
As articulações de Rodrigo Maia para presidir a Câmara – algo nada ao gosto de Bolsonaro – vão bem, obrigado e mais de uma dúzia de partidos, diz a Folha, pretendem formar um “neocentrão” para colocar o “dá cá” na frente do “toma lá”, com mais de 300 deputados.
Por tudo isso, avolumam-se os sinais de que Lorenzoni, na expressão de Teresa Cruvinel, no JB, já tenha caído num processo de “fritura precoce”.
Solidariedade – ou piedade – até agora só achou de Sérgio Moro, avalista de seu arrependimento e perdão pelo dinheiro recebido por fora, por serviços prestados à comunidade lavajatense.
Arrisca-se a ser o Magno Malta, parte 2.
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