sexta-feira, 31 de agosto de 2018

XP/Ipespe: rejeição de Bolsonaro chega a 61% com risco de “voto útil” contra ele crescer


De Marcos Mortari do InfoMoney.

A poucos dias do início da campanha no rádio e na televisão, onde deverá ser alvo de ataques e terá pouco espaço para se defender, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança da corrida presidencial nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também vê sua rejeição atingir o maior nível já registrado. É o que mostra pesquisa realizada pelo Ipespe entre 27 e 29 de agosto, a 15° encomendada pela XP Investimentos. O levantamento, registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-07252/2018, ouviu 1.000 pessoas e tem margem máxima de erro de 3,2 pontos para cima ou para baixo.

Segundo a pesquisa, Bolsonaro manteve apoio de uma faixa entre 21% e 23% dos entrevistados, dependendo do cenário considerado. A maior taxa é registrada quando a candidatura de Lula não é considerada. Preso há quase cinco meses após ser condenado por unanimidade em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o petista está potencialmente inelegível em função da Lei da Ficha Limpa. Neste caso, Bolsonaro apresenta vantagem de até 10 pontos percentuais em relação ao adversário mais bem posicionado, no caso Marina Silva (Rede), com 13% das intenções de voto. A ex-senadora está tecnicamente empatada com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 10%, e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%.

(…)

A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre os candidatos em que não votariam sob nenhuma hipótese. Pela primeira vez desde que o levantamento começou a ser feito, em maio, Bolsonaro atingiu a marca de 61% e passou a liderar numericamente o ranking, em condição de empate técnico com todos os candidatos testados, exceto Álvaro Dias, ainda desconhecido por 31% dos eleitores. Lula oscilou 2 pontos percentuais para baixo, chegando aos 58% de rejeição, ao passo que Marina Silva manteve-se na taxa de 60%, seu maior patamar. Alckmin e Ciro têm 59%, 3 pontos a mais que Haddad, ainda desconhecido por 24% dos entrevistados.

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