quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Paulo Câmara: "Temer não tem o nosso apoio e nunca teve"

O governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), reafirma a sua veemente oposição ao modelo discriminatório e perseguidor de governar do presidente Michel Temer (MDB), que, em entrevista à Rádio Jornal, nesta quarta-feira (29/08), tentou confundir a população pernambucana, com declarações inverídicas e com notada pretensão de ajudar o seu desesperado palanque em nosso Estado. "O presidente Temer não tem o nosso apoio e nunca teve em nenhum dos momentos do seu Governo. Pelo contrário: éramos a favor de novas eleições (após o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff). Não aceitamos cargos no governo dele! O PSB não aceitou, a Executiva do partido não aceitou", recordou Câmara, também em entrevista à emissora.

Registrando pontos em que ele e o PSB se colocaram contrários às propostas apresentadas pelo Governo Federal, Paulo Câmara frisou a retaliação praticada por Temer. "Nós fomos contra a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a venda da Eletrobras, o Teto de Gastos (públicos). São posições muito claras nossas. E nós fomos discriminados. A (devolução da) autonomia de Suape foi remarcada, e ele não fez, porque fomos contra a Reforma Trabalhista", relembrou. 

Esclarecendo sobre a ausência de repasses de recursos federais à primeira etapa da obra da Adutora do Agreste, Paulo Câmara pontuou que, em 2018 a intervenção não recebeu um único real vindo da União. "Nós estamos fazendo graças ao esforço da Compesa, que está executando. A segunda etapa ainda não tem nem prazo para começar. Só vamos abranger nove municípios do Agreste, e os demais estão sem prazo para iniciar essas obras. Tivemos que fazer obras com os recursos do Governo do Estado para suprir a questão da água. Fizemos a Adutora do Pirangi, a Adutora do Alto Capibaribe", pontuou. 


O governador também lembrou a falta de sensibilidade do Governo Federal e do presidente Michel Temer, que, apesar de ter visitado Pernambuco durante a enchente que atingiu a Zona Mata Sul, no primeiro semestre do ano passado, ignorou a necessidade de reestruturação dos municípios afetados. "Estamos (o Estado) fazendo parcerias com os municípios. Não tivemos apoio na reconstrução das casas. Não tivemos apoio com Cartão Reforma para as casas atingidas", registrou. 

A discriminação do Governo Temer com a Região Nordeste foi explicitada, por Paulo, que lembrou que os governadores do Nordeste precisaram se unir para cobrar publicamente. "Toda vez que precisávamos deliberar sobre recursos da União, nós estivemos com os governadores do Nordeste. Nós fomos para cima na questão da Repatriação porque eles não queriam dividir as multas e os juros. Como também formos para cima na efetivação da proposta de venda do Rio São Francisco, mandamos uma Carta no dia 7 de setembro de 2017, assinada por todos os governadores. A prova do "respeito" é que nunca tivemos resposta", recordou.

MINISTÉRIO - Paulo lembrou que o deputado federal Fernando Filho foi indicado ao Ministério de Minas e Energia pela bancada do PSB na Câmara Federal, em contraposição à decisão partidária. "Um ministro que saiu do PSB justamente pelo partido não concordar com o trabalho dele. Ele ia ser expulso do PSB e, por isso, saiu", destacou, ressaltando o desserviço prestado pelo parlamentar à frente da pasta.

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