Blog do Kennedy
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), resolveu demonizar a política sem ter autoridade moral para fazê-lo. Na quarta-feira, fez reunião com 250 pastores misturando política e religião, como mostrou reportagem do jornal “O Globo”.
Falando em vigília para evitar a volta de políticos corruptos ao poder, o prefeito disse: “É esse Brasil evangélico que vai dar jeito nessa pátria”. Mas ele esqueceu de mencionar que o presidente da sua legenda, Marcos Pereira, é investigado no âmbito da Lava Jato.
A separação entre Igreja e Estado é um avanço civilizatório. Misturar política e religião é danoso para a democracia. A religiosidade é da esfera do foro íntimo, ligada à valores morais. A política demanda impessoalidade no exercício da função pública e está no campo da ética.
Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, fez proselitismo político-religioso num cargo público, com estrutura e recursos oficiais.
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