Uma consulta no site do Senado contabilizava, até esta quinta (1º), 971.774 manifestações a favor e 4.973 contra o fim do auxílio-moradia para deputados, juízes e senadores.
O advogado que obteve o auxílio-moradia para Marcelo Bretas, juiz responsável pela Lava Jato no Rio, é parente de um alvo da operação que foi acusado pelo MPF de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro para o ex-governador Sérgio Cabral. Bruno Calfat atua para a Associação de Juízes Federais do Rio e defendeu a concessão do benefício para mais de uma dezena de juízes. Ele é casado com a filha do empresário Carlos Borges, condenado por Bretas a cinco anos de prisão.
Calfat advogou também para o revisor da Lava Jato no Rio, o desembargador Abel Gomes. Contratado e pago pela Ajuferjes, ele foi indicado a todos os magistrados que quisessem receber auxílio-moradia mesmo casados com quem já embolsa o benefício.
Procurado, o advogado disse que atua para a Ajuferjes desde 2009, “representando magistrados federais em inúmeras questões, sem nenhuma vinculação com processos de natureza criminal”.
Calfat afirmou ainda que jamais tratou com qualquer juiz “de tema relacionado a processo criminal”. “Assumi as causas da tese do auxílio-moradia antes da Lava Jato”, concluiu. (Coluna Painel - Folha de S.Paulo)
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