O
governador Paulo Câmara se reuniu, hoje, com o presidente da Caixa
Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, para discutir projetos em
andamento que têm parceria com a instituição financeira federal. Em
destaque, Paulo pediu ao presidente "atenção especial" com a
renegociação autorizada pela Lei Complementar 156/16, que permite o
alongamento da dívida dos Estados com as instituições financeiras
oficiais.
"Fomos o primeiro Estado a trazer esse pleito para a Caixa. Já
iniciamos o processo no BNDES. Esta renegociação é importante para
manter o equilíbrio federativo e para que todos os Estados, e não apenas
os do Sul e Sudeste, tenham mais instrumentos que possam ajudar a
enfrentar este momento econômico difícil que o Brasil passa", explicou
Paulo Câmara.
Em 2016, foi viabilizada a renegociação da dívida dos Estados com
instituições financeiras, que beneficiou, à época, Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, em detrimento ao Nordeste. Como
contrapartida, Estados que tinham feito seu dever de casa e não estavam
superendividados, como Pernambuco, solicitaram a renegociação dos
financiamentos tomados com os bancos federais.
"Financiamentos que permitiram, por exemplo, ajudar a construção de
hospitais, ampliar a rede estadual de educação, melhorar as estradas,
abastecimento de água. Então, vim ao presidente Occhi pedir atenção
especial e celeridade para Pernambuco nessa renegociação. A
receptividade foi muito boa. Temos uma boa relação, e Occhi sabe nossa
maneira de governar, de honrar compromissos", afirmou o governador.
O secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, presente na
reunião, destaca que já se passaram 18 meses e não se efetivou a
renegociação para Pernambuco. "Hoje, o governador deu mais um passo para
efetivar o alongamento da dívida. É o alívio que Estados do Nordeste
precisam e fizeram o dever de casa para isso", registrou.
O total repactuado pela União para os Estados foi de R$ 18,8 bilhões,
em 2016. "Para se ter uma ideia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Minas Gerais ficaram com R$ 15,6 bilhões daquele montante",
frisou Stefanni.
A audiência na Caixa Econômica teve a presença também do
vice-presidente da Caixa, Roberto Derziê, e do deputado federal Fernando
Monteiro.
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