quinta-feira, 29 de junho de 2017

Humberto diz que eventual condenação de Lula seria “ato político”



O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou em Brasília nesta quarta-feira (28) que há uma “clara tentativa” do juiz Sérgio Moro de impedir que o ex-presidente Lula se candidate a presidente da República em 2018.

Pesquisa do Datafolha divulgada no último domingo revela que o ex-presidente tem 30% de intenções de voto e 46% de rejeição. Eventual condenação dele por parte do juiz curitibano, disse o senador, seria um “ato político” para afastá-lo da disputa.

“Nada parece satisfazer a sanha desmedida das figuras messiânicas de Curitiba em culpar Lula. Trata-se de uma ação cuidadosamente orquestrada nos mesmos moldes do que eles vêm fazendo em outros processos, nos quais cidadãos têm sido sentenciados com base exclusivamente em delações premiadas, algumas delas manifestamente ilegais, sem quaisquer provas, com respaldo tão-somente nas palavras de réus”, disse o senador pernambucano.

“Talvez por isso”, acrescentou, “os procuradores de Curitiba tenham citado, em suas alegações finais, mais de 60 vezes o depoimento do senhor Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS, na tentativa de encobrir a total falta de provas dessa ação penal contra o ex-presidente”.

De acordo ainda com o senador, “a defesa do ex-presidente já provou que ele não é e nunca foi dono desse imóvel (tríplex do Guarujá), registrado em nome da OAS e com direitos econômicos alienados a um fundo gerido pela Caixa Econômica”.

Ele destacou também a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que tem sua sede em Porto Alegre, de absolver o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso por ordem do juiz Sérgio Moro, por insuficiência de provas.

“Espero agora que a associação de inquisidores de Curitiba, muito presente em palestras, inclusive de cirurgias plásticas – passe a rezar mais pela bíblia do bom direito e menos pela das convicções políticas. Se assim procederem, não precisarão ver suas decisões reformadas por instâncias superiores, que enxergam, à luz da legislação vigente, as aberrações, exageros e absurdos cometidos por aqueles que se acham senhores da verdade e donos das certezas”, concluiu

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