Na admissão mais explícita de que seus líderes históricos sofreram avarias sérias com a Lava Jato, o PSDB paulista fez nesta quarta (19), a portas fechadas, reunião com seus jovens prefeitos e deputados para traçar um plano de reorganização interna e proteção do legado do tucanato. Dirigentes da sigla pediram que os novos quadros não abandonem a defesa de nomes como o governador Geraldo Alckmin, mas atuem para impedir que o partido “seja enterrado na mesma vala do PT”.
Aécio Neves (PSDB-MG) decidiu não ir a Brasília esta semana para, em Belo Horizonte, organizar sua defesa na Lava Jato. Aliados do tucano reconhecem que, no cenário de hoje, ele teria dificuldade até para se reeleger senador.
A reunião de São Paulo ocorreu no mesmo dia em que pesquisas trouxeram o prefeito João Doria à frente de Alckmin e do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sondagem sobre 2018. Em privado, alckmistas admitem que, se a escolha tivesse que ser feita hoje, Doria seria o candidato do PSDB ao Planalto.
Presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias chegou a dizer que, pode-se investigar a campanha de Alckmin por caixa dois, mas não colocá-lo “no mesmo saco de Sérgio Cabral, que botou R$ 100 milhões no bolso”. Segundo relatos, ele criticou a imprensa, a quem acusou de nivelar todos por baixo.
Por sugestão do prefeito Orlando Morando, de São Bernardo do Campo, o PSDB vai enviar uma carta a todos os seus filiados no Estado, pedindo uma defesa altiva do partido, dizendo que ele “combateu e combate a corrupção”.(Painel – Daniela Lima – Folha de S.Paulo)
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