Delatores
da Odebrecht afirmaram nos depoimentos que o ministro da Casa Civil do
governo Michel Temer, Eliseu Padilha, pediu, recebeu e gerenciou
propinas e caixa dois durante os últimos três governos federais.
De
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), passando por Lula (2003-2010),
até Dilma Rousseff (2011-2016), o atual chefe da Casa Civil foi, de
acordo com as delações, o encarregado de arrecadar ao menos R$ 11,5
milhões junto à empreiteira.
Padilha
é mencionado por pelo menos seis executivos, que lhe atribuem
importância relevante no trato com o grupo baiano e o colocam em
exposição maior em relação aos outros sete ministros de Temer que também
são alvos de investigação em razão dos depoimentos.
O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, autorizou dois inquéritos para apurar as condutas da Padilha.
Ele
é citado como autor de pedidos, cobranças ou recebimentos de propina
vinculados a três obras: na Eclusa Lajeado, em Tocantins, na Trensurb,
ferrovia do Rio Grande do Sul, e no aeroporto do Galeão, no Rio.
Os
delatores afirmam que as solicitações ocorreram como contrapartida por
ajuda dada pelo hoje ministro em licitações que consagraram a Odebrecht
vencedora. (Folha de S.Paulo – Camila Mattoso, Bela Megale e Letícia Casado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário