quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Lava Jato pode estar mudando os sonhos de carreira de engenheiros

  © image/jpeg engenheiros
As investigações da Lava Jato e a crise (econômica e de reputação) que abalaram as principais empresas do setor de engenharia  já começam a ter reflexos mensuráveis nas aspirações de carreira dos profissionais do ramo.
Levantamento realizado pela consultoria Universum com 1.083 engenheiros para identificar as empresas preferidas por eles mostra que, embora a Petrobras ainda seja a primeira colocada, a queda no percentual de engenheiros que a identificam como empregadora ideal é de 7 pontos. Resultado semelhante apresentou o estudo feito com os estudantes de engenharia brasileiros.
Para outra empresa implicada nas investigações da Lava Jato, a Odebrecht, a queda no percentual refletiu diretamente no posicionamento da empresa no ranking: saiu do 2º lugar em 2015 para o 5º nesta edição.
“Como o centro da crise está ligado a empresas tradicionalmente de engenharia – construtoras, óleo e gás, mineradoras e outras -- vemos que os engenheiros estão considerando um leque maior de opções e indústrias para seguirem suas carreiras”, diz Andre Siqueira, gerente responsável pela Universum no Brasil.
De acordo com a pesquisa, o número de indústrias que os engenheiros brasileiros consideram trabalhar aumentou bastante. Siqueira aponta para altas significativas em termos de atratividade na indústria de bens de consumo – materializada por empresas como Ambev, Unilever, Nestlé e Heineken, que, apesar de terem caído no ranking, subiram percentualmente – e na indústria automotiva – afetada pela crise, mas se recompondo e recuperando a atratividade. “Especialmente as menos afetadas pela crise – Honda e Toyota”, diz Siqueira.

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