sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Temer não tem direito a mimimi e responde, sim, pelo desemprego

Por Fernando Brito, do Tijolaço
Mimimichel Temer, covarde que é, saiu-se com um “a culpa não é minha” hoje, diante do desemprego de 12 milhões de  pessoas medido pelo IBGE neste trimestre – aliás, “todinho dele” pois está a 12 dias de completar cinco meses ocupando o Palácio do Planalto.
Philip Agee, o ex-agente da Cia que revelou suas entranhas em seu clássico Por Dentro da Companhia, tinha um nome-código para este tipo de método: TCR, onde o T era “tirando” e o R era “da reta”. O C deixo por conta do leitor…
A culpa do desemprego nunca é de uma pessoa. Duvido que ele ou o Meirelles, escondidinhos em sua casas, fiquem murmurando entre os dentes: “oba, vou jogar dois milhões na miséria, que legal….” Aliás, nem eles nem o desaparecido Joaquim Levy, que deu o pontapé inicial nesta desgraça.
A culpa do desemprego é de políticas econômicas, que vêm de ideias muito “certinhas”, “muito arrumadinhas”, apresentadas por homens em ternos impecáveis e linguagem de sábios.
Que vinham, embora ainda com alguma pouca rédea que Dilma lhe dava – e o mercado reclamava disso – e que é a mesma, aprofundada, a que se dá desde o golpe.
É cortar, cortar, cortar (claro que não os privilégios), como os “médicos” da Idade Média, acham que a cura vinha por meio de sangrias e amputações. Mas para a patuleia, porque à corte não decepavam mãos e pés.
É óbvio que é importante ter as contas públicas arrumadas.
Mas que contas públicas podem ser “arrumadas” pagando juros que produzem um déficit que nem dez vezes mais aposentados causariam?
A “culpa” do desemprego é desta política, senhor Presidente ilegítimo.
Dessa gente que acha que o que é preciso é mais “pau no povo”, que um dia ainda lhe agradecerá a surra, como os meninos peraltas de antigamente deveriam agradecer pelas varadas de marmelo com que os vergastavam.
O senhor queria a Presidência, não tinha votos nem projetos para tê-la, conspirou, agiu como um rato e agora a tem.
O preço de tê-la assim a governar contra o povo.
Vire-se

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