terça-feira, 20 de outubro de 2015

Encontros e desencontros



Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo
Se é em nome da ética e da lei que o ex-promotor Hélio Bicudo e o jurista Miguel Reale Jr. vão entregar a Eduardo Cunha, como previsto para hoje (20), o pedido de impeachment da presidente, está subentendido um aval moral que implica os dois também em atitude inversa: a defesa, contra a cassação já pedida, do personagem das manchetes mais recentes, aqui, e de investigações criminais na Suíça.
O documento e o ato providenciados pelo PSDB com Bicudo e Reale são oportunos em um sentido adicional. Configuram bem a balbúrdia ética e o nonsense instalados nas relações entre Poderes, no Congresso e em particular na Câmara, na imprensa e na contaminação epidêmica de ódios. De tudo resultando a perda generalizada de percepção da realidade, mesmo para ilustrados como Reale e Bicudo.
Ainda que ocorressem em dias ou semanas próximas, o falado afastamento de Cunha e a superação do impeachment não trariam a rearrumação em futuro próximo. O rescaldo desse ambiente caótico será grande e difícil. Mas nem por isso há quem esteja pensando nisso.
Em países primários é assim

Nenhum comentário:

Postar um comentário