quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Tom dos colunistas Pigais revela desalento com pesquisas

247 - A inversão de posições nas pesquisas eleitorais mais recentes, que colocaram a presidente Dilma Rousseff à frente do senador Aécio Neves, a despeito da situação ainda de empate técnico, provocou uma onda de desalento em algumas das principais colunas políticas da imprensa familiar no Brasil.
Enfileirados como tropa de choque da oposição, os colunistas já se mostraram mais otimistas do que agora. E, alguns, revelam até que seu discurso fracassou. É o que caso de Ricardo Noblat, do Globo, que aponta o fiasco da pregação udenista contra a corrupção. Segundo ele, a partir de agora, todos podem roubar. Eis um trecho:
Ora, se todos roubam por que não podemos roubar? Se todos são uns pilantras por que não podemos ser?
E daí?
Daí, nada.
Salvo uma parcela do eleitorado que baba de raiva quando ouve falar em roubalheira, o resto está pouco se lixando. Parte do pressuposto de que todo político é ladrão. E de que só nos resta aturá-los.
Noblat não leva em conta, por exemplo, que o combate à corrupção passa por reformas institucionais, com a mudança do sistema político e o fim do financiamento privado de campanhas.
Também mais desanimado, Merval Pereira diz que o Brasil pode estar rumando para o fascismo. Isso mesmo, o fascismo:
"Daqui para frente, é a Míriam Leitão falando mal da Dilma na televisão, e a gente falando bem dela (Dilma) na periferia. É o (William) Bonner falando mal dela no "Jornal Nacional", e a gente falando bem dela em casa. Agora somos nós contra eles [...]". 
 
Essa fala irresponsável é do ex-presidente Lula no seu papel de língua de trapo da campanha petista. O PT deu agora para nomear seus "inimigos", incentivando assim ações radicais contra jornalistas que consideram adversários do "projeto popular". 
 
Recentemente, um dirigente do partido havia nomeado sete jornalistas numa espécie de "lista negra". É uma típica ação fascista, que está sendo usada já há algum tempo na Argentina de Cristina Kirchner. É neste caminho que vamos, caso Dilma se reeleja.
 
Merval repete a linha já usada por Arnaldo Jabor, que disse que o Brasil caminhará para um "bolivarianismo light", caso a presidente Dilma Rousseff se reeleja.

Outra expoente dessa linha de frente da oposição, a colunista Dora Kramer elencou, nesta quarta-feira, as razões que justificariam a força eleitoral do PT. Eis seus pontos:

Esse ambiente é fruto de uma criação coletiva. Produto da tolerância dos informados que puseram seus atributos e respectivos instrumentos à disposição do deslumbramento, da bajulação e da opção pela indulgência. Gente que tem vergonha de tudo, até de exigir que o presidente da República fale direito o idioma do país, mas não parece se importar de lidar com quem não tem pudor algum.

Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto em que estavam já caminhando para o ostracismo. Foram ressuscitados e por isso estão gratos.

Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado.

Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas.

Do despeito dos ressentidos.

Do complexo de culpa dos mal resolvidos.

Da torpeza dos oportunistas.

Da superioridade dos cínicos.

Da falsa isenção dos preguiçosos.

Da preguiça dos irresponsáveis.

O tom de desânimo dos colunistas, que já buscam argumentos para uma eventual derrota, é evidente e revela certa desconfiança dos quatro colunistas nas possibilidades eleitorais da oposição. Mas, talvez, estejam todos eles sendo precipitados. Afinal, o segundo turno ainda não aconteceu. Mas o fato é que estão todos de farol baixo.

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