Carlos Chagas
Jura
o senador Romero Jucá: a presidente Dilma prometeu vetar nos próximos
dias artigo da mais recente medida provisória aprovada no Congresso, um
enxerto que anistia a maior parte das multas devidas aos operadores dos
planos de saúde. Para o parlamentar, não havia como expurgar do texto
comum aquela aberração, tendo em vista o esgotamento do prazo para
votação da MP, que caducaria por inteiro. Assim, foi acertado no palácio
do Planalto o veto ao inexplicável favorecimento dessas empresas já
conhecidas por descumprir contratos e aumentar as prestações em ritmo
bem superior à inflação.
Com
o veto presidencial, estará encerrado o episódio? Nem pensar.Torna-se
necessário investigar porque o líder do PMDB na Câmara (Eduardo
Cunha) acrescentou o vergonhoso perdão num projeto que nada tinha a ver
com planos de saúde. O prejuízo para os cofres públicos será de dois
bilhões de reais, caso não haja o veto. Tem azeitona nessa empada, quer
dizer, qual o interesse do deputado Eduardo Cunha em privilegiar essas
empresas?
A
Polícia Federal investiga um monte de denúncias de mal feitos e de
corrupção praticados no mundo político. Mais um não sobrecarregaria de
trabalho os agentes da lei. Estariam as operadoras dispostas a
presentear o autor ou autores da emenda com alguma comissão? Assumiriam
financiar campanhas eleitorais daqueles que os favoreceram com tão
escandalosas isenções? Claro que o PMDB e seu líder ficariam em péssima
situação, se comprovada a abjeta hipótese, mas lucraria a justiça.
Tomara que a presidente Dilma não se esqueça de cumprir a promessa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário