Sempre se disse que a aprovação da emenda da reeleição em 1997, de autoria do deputado pernambucano Mendonça Filho
(DEM), só foi possível porque o PSDB “comprou” votos de parlamentares
para este fim. Mas faltava ainda uma prova concreta para dar veracidade a
esta versão.
A prova finalmente apareceu: é o livro “O Príncipe da Privataria” de autoria do jornalista Palmério Dória.
A partir de uma reportagem da “Folha de S.Paulo”, publicada à época,
com base numa fonte identificada apenas por “Senhor X”, Palmério Dória
revela no livro quem é este personagem.
Trata-se do empresário e ex-deputado estadual e federal, Narciso
Mendes, natural do Rio Grande do Norte e proprietário da retransmissora
do SBT no Estado do Acre.
Foi ele quem gravou a voz dos deputados Ronivon Santiago e João Maia
(PFL-AC) dizendo que tinham recebido R$ 200 mil para votar a favor da
emenda.
A fita foi entregue ao repórter Fernando Rodrigues, que fez a matéria
sobre a compra de votos, que fora articulada pelo então ministro das
comunicações, Sérgio Motta, grande amigo do presidente FHC.
O então procurador-geral da República, o pernambucano Geraldo
Brindeiro, que ficou conhecido como “engavetador geral da República”,
nada fez para investigar o escândalo.
Uma semana após a sua divulgação, os dois deputados renunciaram ao
mandato. A emenda passou no Congresso por larga margem e o presidente
FHC foi reeleito.
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