Almoço entre Armando e os petistas Humberto e João Paulo traz um ''prato'' cheio de simbolismo e recados ao Palácio
Humberto Costa, Armando Monteiro e João Paulo no Leite: Clemilson Campos/JC Imagem
Numa demonstração de que não
estão dispostos a esperar pela agenda do PSB, o PT e o PTB estaduais
mandaram, ontem, recados – por meio de suas lideranças – ao governador e
presidenciável Eduardo Campos de que não vão ficar passivos à espera da
sua definição sobre 2014, que pode haver chapa única dos dois partidos
em Pernambuco – caso o escolhido do governador para a sucessão seja
socialista –, e que a presidente Dilma Rousseff (PT) terá um palanque ou
até dois, no Estado, para a sua reeleição.
Ao final de um almoço definido como “um
começo de conversa”, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro
Neto (PTB) e o deputado federal João Paulo (PT) evitaram detalhar a
conversa, disseram que a sucessão estadual “não foi tratada” e
coincidiram ao revelar que a construção de “um palanque”, e “até dois”,
para Dilma foi o foco. A segunda hipótese para o caso de Eduardo
disputar a Presidência da República e ainda optar por um nome do PSB
para sucedê-lo.
Apesar dos melindres dos três em
aprofundar as alternativas discutidas, fontes confirmam que o palanque
estadual para Dilma está acordado, facilitado pela aproximação recente
entre o PTB nacional e o governo. “Foi para dizer (o almoço) que este é o
palanque de Dilma aqui. Outros (partidos) vão ser procurados. É o
começo. Se Eduardo não for candidato a presidente, a conversa é outra”,
revelou uma testemunha. “Se Eduardo decidir apoiar Dilma vamos estar
juntos aqui, mas também ele pode ficar com Dilma e termos dois
candidatos a governador”, confirmou a conversa outra fonte. Nesta
hipótese, um seria o escolhido por Eduardo e o outro Armando Monteiro,
tendendo o PT a ficar com o nome indicado pelo PSB (pelo acordo
nacional).
“Se Dilma e Eduardo disputarem, ela terá
um palanque com PT e PTB. Já que Eduardo admite dois palanques
nacionais, podemos ter dois ou três estaduais (PSB e PT/PTB ou PSB, PT e
PTB)”, acrescentou outro olheiro da conversa. No caso de PT com PTB,
Armando ao governo e João Paulo ao Senado.
“Não discutimos Pernambuco. O PT tem
definido a reeleição de Dilma e o PTB está inclinado a apoiá-la. Se
Eduardo continuar na aliança, é possível o PT ficar com o candidato dele
(aqui)”, resumiu Humberto. “Eu e o PTB estamos na base de Dilma. É
natural conversarmos sobre o fortalecimento deste palanque. Quanto ao
estadual, não dá para avançar ainda. Depende da confirmação do
nacional”, avaliou Armando. “A ideia é trabalharmos um palanque único
(PT/PTB) para Dilma”, sintetizou João Paulo.(Do NE 10 )
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