A
situação extrema de seca deve perdurar no chamado Setor Leste do
Nordeste, que vai do Rio Grande do Norte à Bahia, pelos próximos três
meses, de acordo com um estudo apresentado na manhã desta sexta-feira
(20) em uma reunião entre especialistas em meteorologia no Palácio do
Governo, em Maceió.
O
boletim da Quadra Chuvosa, que compreende os meses de abril, maio, junho
e julho, foi elaborado na Reunião de Análise e Previsão Climática que
acontece mensalmente e reúne meteorologistas de todo o Brasil. Eles
levam em consideração as condições regionais da pluviometria e globais
dos oceanos e da atmosfera.
A
probabilidade de chuva acima da média para a região Leste do Nordeste é
de apenas 20%. Para chuvas dentro do esperado, estima-se a probabilidade
de 35%. Porém, as previsões não são animadoras quando se fala na
possibilidade de chover abaixo da média, 45%.
De
acordo com Ariane Frassoni, representante do Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos e Instituto Espacial de Pesquisas Espaciais
(CPTEC/INPE), esta é a estiagem mais longa do século, mas não a pior em
relação à ausência de chuvas.
"Apesar
das previsões de que as chuvas continuem abaixo da média, não se
descarta episódios de chuva intensa decorrente da atuação de distúrbios
ondulatórios de leste", ressalta Ariane.
De
acordo com o meteorologista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
dos Recursos Hídricos de Alagoas, Emanuel Teixeira, ainda que chova,
será um fenômeno isolado. "As chuvas se concentrarão nos Litorais e Zona
da Mata, o Sertão e Agreste não devem acompanhar esse quadro", disse.
Dados preocupantes
Os
dados foram recebidos com preocupação pelo meteorologista de
Pernambuco, Thiago Luiz Bezerra. "A principal questão é que já encerrou o
período chuvoso do sertão de pernambuco e não terá mais quantidade
significativa de chuva para repor as águas das barragens. Essa previsão
pessimista também deve prejudicar nosso Agreste", afirmou.
G1/Pernambuco
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