terça-feira, 10 de julho de 2012

O NOVO RELOGIO DE FLORES DE GARANHUNS JÁ CAUSA POLEMICA


Clique na imagem para visualizar melhor


Artigo assinado por Igor Cardoso, publicado na Agenda Garanhuns:

ANTES: predomínio do VERDE (cerca viva, dálias e outras flores adornando o percurso até o Relógio, uso criativo e pitoresco dos troncos de madeira como decoração do caminho); amplo SOMBREAMENTO (árvores copadas, com cerca de 50 anos de história, amenizando a temperatura); MATERIAIS DE MELHOR QUALIDADE e ecologicamente corretos (pedras portuguesas); aspecto BUCÓLICO (a estética em harmonia com o ideal de proteção à natureza).
DEPOIS: predomínio do CONCRETO (destruição dos elementos naturais de contorno, ilhando o relógio em meio a um mar de concreto); SOMBREAMENTO DEFICIENTE (árvores derrubadas para serem substituídas por espécies menos copadas, como pinheiros, que proporcionam menos sombra e, associadas ao concreto, ampliam o desconforto térmico); MATERIAIS DE PIOR QUALIDADE (o artificial pavimento intertravado); aspecto URBANO (o concreto sobrepuja a natureza, irresponsavelmente).
Ganhamos maior acessibilidade e um melhor Centro de Informações Turísticas. Excelente! A pergunta é: para isso, era necessário, mesmo, sacrificar nosso principal cartão postal e seu entorno? Não era possível conciliar as duas coisas?
O fato é que o nosso querido Relógio nunca foi só o Relógio, como o Cristo Redentor nunca foi só o Cristo Redentor. O Relógio é ele e a Praça Tavares Correia, assim como o Cristo é ele e a Baía da Guanabara.
Triste do ser humano que não sabe o valor do que tem, mas mais triste ainda daquele que, por sua ignorância, destroi aquilo que tem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário