Diz o Ibope que os rapazes de 16 a 24 anos votaram em Bolsonaro na proporção de 60% a 40% enquanto as garotas da mesma idade deram a Haddad 59% a 41%. Em sua maioria, portanto, os jovens deram a vitória para o capitão na eleição de 2018.
Na época, de acordo com o instituto, a característica do jovem eleitor de Bolsonaro era empregado e com estudo.
Pois bem, como a gratidão não é o forte de Jair Messias Bolsonaro –nem do neoliberalismo econômico que ele e Paulo Guedes representam– a juventude é a que mais sofre com o desemprego atual.
Segundo o IBGE, nunca na história deste país os jovens entre 18 e 24 anos foram tão castigados pelo desemprego.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que mede o nível de ocupação, afirma que a faixa entre 18 e 24 anos tem 29,7% de desempregados. Esse índice, destaca o órgão, é 13,3% acima da média da população economicamente ativa.
O aumento de desemprego era uma tendência verificada desde o golpe de Estado, em 2016, quando a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi derrubada.
Com o governo golpista de Michel Temer (MDB) –e sua reforma trabalhista– o mercado de trabalho foi precarizado e os salários arrochados, restringindo ainda mais a participação da juventude.
O governo de Jair Bolsonaro, no entanto, conseguiu piorar o que já era muito ruim. A flexibilização das leis trabalhistas potencializou a uberização, a informalização e impossibilitou de vez o acesso dos jovens ao emprego com carteira registrada. Talvez nesse governo neoliberal não consigam uma colocação decente.
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