Carlos Bolsonaro curte ataque de Olavo a Mourão nas redes sociais (Foto: Reprodução/Rede Social)
247 - O cabeleireiro Márcio Gerbatim sacou, mensalmente, todo o salário que recebeu como assessor do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República. É o que mostram extratos bancários verificados no âmbito de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O inquérito apura um esquema de desvio de recursos no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Por determinação da Justiça, foram quebrados os sigilos bancários de Flávio e ex-assessores, caso de Gerbatim, que foi funcionário do então deputado estadual entre 2010 e 2011, após trabalhar no gabinete do irmão.
Reportagem do Globo aponta que a conta no Banco do Brasil que aparece na investigação foi usada pelo cabeleireiro para receber o salário como funcionário da Alerj, mas, como o período da quebra do sigilo vai de 2007 a 2018, os extratos também mostram sua movimentação bancária quando foi assessor de Carlos na Câmara de Vereadores do Rio.
Carlos Bolsonaro é investigado em outro procedimento do MP-RJ, sob suspeita de “rachadinha” e de ter nomeado funcionários fantasmas.
Entre maio de 2008 e maio de 2010, quando recebeu o último pagamento, Gerbatim obteve R$ 89.143,64 da Câmara de Vereadores. No mesmo período, o total de créditos na sua conta foi de R$ 93.422,91. Já as retiradas em dinheiro vivo totalizaram R$ 90.028,96.
Gerbatim recebia o salário sempre antes do dia 5 de cada mês e, em seguida, efetuava saques. No dia 1º de maio de 2008, recebeu remuneração líquida de R$ 3.014,59. No dia seguinte, fez dois saques: um de R$ 400 e outro de R$ 500. No dia 3, outra retirada, esta de R$ 2.070 — o que dá um total de R$ 2.970. Em 1º de julho de 2008, ele recebeu R$ 4.210 e, no mesmo dia, sacou exatamente o mesmo valor. Em agosto, a situação se repetiu: ganhou R$ 3.077 e retirou R$ 3.099 no mesmo dia. Meses depois, em fevereiro de 2009, Gerbatim recebeu R$ 3.318 e sacou R$ 3.169.
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