247 - Em decisão que impõe uma derrota para a força-tarefa da Lava Jato, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, determinou que os procuradores compartilhem todos os dados já colhidos pela operação com a Procuradoria Geral da República.
Com isso, o ministro atende a um pedido da PGR, hoje comandada por Augusto Aras, que apontava "resistência" de procuradores em compartilhar informações colhidas em investigações. A decisão atinge forças-tarefas em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Recentemente, a procuradoria-geral relatou desconfiar que há suspeita de que a Lava Jato estaria burlando a lei para investigar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, que têm foro privilegiado. A Lava Jato negou.
A Lava Jato vive um embate com o poder central do Ministério Público, representado pela PGR. Aras pode acabar em agosto com a formação da força-tarefa e centralizar todos esses grupos dentro da instituição.
A crise explodiu após a visita da subprocuradora, Lindôra Araújo, a Curitiba. Ela foi acusada por procuradores da Lava Jato de querer ter acesso a dados sigilosos da força-tarefa e de inspecionar os trabalhos da equipe. Sua ida à capital do Paraná causou uma crise que já culminou na saída de três integrantes do grupo de trabalho na PGR.
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