Abril
As autoridades cubanas confirmaram que permitem a atracagem do cruzeiro britânico MS Braemar, onde segue um grupo de pessoas diagnosticadas com Covid-19, após pedido realizado pelo governo europeu.
As autoridades de Cuba afirmam que «são tempos de solidariedade, de entender a saúde como um direito humano, de reforçar a cooperação internacional» Créditos/ @rolandoteleSUR
«Tendo em conta a urgência da situação e o risco para a vida das pessoas doentes, o governo de Cuba decidiu permitir a atracagem desta embarcação», lê-se num comunicado hoje emitido pelo Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros e divulgado pelo diário Granma.
Em conjunto com as autoridades britânicas, ficou estabelecido que, uma vez que os viajantes cheguem a território cubano, se proceda ao «regresso seguro e imediato destes viajantes ao Reino Unido em voos charter», explica ainda o texto.
O documento destaca também que, para receber os cidadãos a bordo do navio, as autoridades da Ilha tomarão as medidas sanitárias estabelecidas nos protocolos da Organização Mundial da Saúde e do Ministério de Saúde Pública de Cuba.
A embarcação, pertencente à companhia Fred Olsen Cruise Lines, viajava pelo Mar das Caraíbas com mais de mil pessoas a bordo, cinco das quais diagnosticadas com o novo coronavírus, referiu a empresa este domingo.
De acordo com a Prensa Latina, o cruzeiro andava à deriva depois de vários portos das Caraíbas lhe terem recusado a autorização para atracar desde o final de Fevereiro.
A Fred Olsen Cruise Lines informou ainda que, além dos doentes confirmados com Covid-19, há 20 passageiros e igual número de tripulantes, incluindo um médico, que estão isolados por terem sintomas de gripe.
O MS Braemar transporta 682 passageiros e 381 tripulantes. No sábado, chegou às Bahamas, mas as autoridades não lhe permitiram a atracagem. «Nenhum porto das Caraíbas quer aceitar o barco porque o tema do coronavirus Covid-19 é muito sensível», disse a empresa, citada pela Prensa Latina.
A autorização de Cuba segue-se a um pedido realizado pelo governo do Reino Unido no dia 13. «São tempos de solidariedade, de entender a saúde como um direito humano, de reforçar a cooperação internacional para fazer frente aos nossos desafios comuns, valores que são inerentes à prática humanista da Revolução e do nosso povo», frisa o texto do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba, país submetido a um bloqueio económico e financeiro pelos EUA há 60 anos.
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