sábado, 4 de janeiro de 2020

Após morte de general, Irã promete vingança

Iranianos rasgam bandeira americana durante protesto em Teerã, 3 de janeiro de 2020 -  Foto: AFP 
Por Estadão Conteúdo

Um contingente extra de 3.000 a 3.500 militares americanos será enviado ao Oriente Médio depois de os Estados Unidos matarem em um ataque, nesta sexta-feira (3), o cérebro das Forças Armadas iranianas, general Qasem Soleimani, ao que Teerã prometeu uma “séria vingança”.
O presidente americano, Donald Trump, disse que o general Soleimani foi morto quando estava prestes a atacar diplomatas americanos, mas insistiu em que Washington não visa a derrubar o governo de Teerã.
“Soleimani estava tramando ataques iminentes e sinistros contra diplomatas e pessoal militar americanos, mas o pegamos no ato”, disse Trump na Flórida.
Referindo-se a esta personalidade iraniana – assassinado em um ataque com drone em Bagdá – como um “doente”, Trump tentou reduzir as tensões, insistindo em que não quer a guerra com o Irã.
“Não agimos para iniciar uma guerra”, disse Trump em pronunciamento na Flórida. “Nós não buscamos a mudança do regime”.
Enlutado pela perda daquele que era considerado o segundo líder mais importante do país, o Irã explodiu.
Como líder do braço de operações estrangeiras da Guarda Revolucionária iraniana, Soleimani era uma figura respeitada em seu país e estava na vanguarda de um engajamento iraniano amplo e sofisticado em disputas de poder regionais e de forças antiamericanas.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma “vingança severa”, enquanto dezenas de milhares de manifestantes queimaram em Teerã bandeiras americanas e repetiram “morte à América”.
Autoridades americanas afirmaram que Soleimani, de 62 anos, foi morto por um míssil disparado por um drone quando estava perto do aeroporto internacional de Bagdá.
Cinco Guardas Revolucionários também morreram no ataque, juntamente com outros cinco membros da milícia iraquiana pró-Irã Hashed al-Shaabi, incluindo seu vice-líder.
O Irã nomeou como substituto de Soleimani seu vice, Esmail Qaani.

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