Fábio Luis, filho do ex-presidente Lula , pode ser investigado, como qualquer cidadão contra quem surjam denúncias.
E foi, em dois inquéritos, sobre supostos benefícios recebidos pela Gamecorp, da qual era sócio, da empresa Oi, que teria se aproveitado uma autorização do governo Lula para nascer da fusão entre a Telemar e e a Brasil Telecom.
E foi investigado, em dois inquéritos, ambos arquivados a pedido do próprio Ministério Público.
Um, criminal, na 10ª Vara Criminal de São Paulo, no qual o procurador da República Patrick Montemor Ferreira pediu o arquivamento do inquérito por falta de provas.
Outro, cível, na na Justiça Federal em Brasília, foi aberto em 2006, teve seu arquivamento em 2010, pedido pelo procurador Marcus Goulart, foi mantido ativo por decisão da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal e, afinal, arquivado outra vez por manifestação do procurador Bruno Vieira, que passou a cuidar do inquérito civil na Procuradoria da República no Distrito Federal, ratificou as conclusões de Goulart e do inquérito policial, de que não havia qualquer evidência de ilicitude nos negócios da empresa de games de que Fábio era sócio com a Oi.
Agora a Lava Jato do Paraná, alegando indícios obtidos quando da busca e apreensão no sítio de Atibaia em abril de 2016 – há mais de três anos, portanto.
Se não há provas da eventual origem ilícita do dinheiro ganho por Fernando Bittar, sócio da Gamecorp ele não comete crime ao usá-lo como bem entender. Ainda que fosse usado na compra do sítio, a jurisdição sobre os contratos que a pudessem tornar suspeita seriam os processos anteriores, jamais Curitiba.
O cheiro de armação é indisfarçável.
O tempo decorrido é tanto que nem mesmo para finalidades fiscais qualquer empresa teria o dever de guardar documentos.
O alvo não é o filho de Lula, é Lula, e da maneira mais sórdida que se pode fazer, atingindo seu filho.
A “Justiça” do Paraná caminha, a passos largos, para ser apenas outro centro de criação de memes antilulistas. Vai acabar na CPI das Fake News.
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