Do blog de Magno Martins
O presidente Jair Bolsonaro e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, trocaram quatro dos sete integrantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). A informação está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 1. A substituição dos membros ocorre uma semana depois que a comissão, vinculada ao governo, emitiu um documento em que afirma que a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, ocorreu “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro”, como mostrou o BR18.
Na última segunda-feira, 29, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que se o advogado quisesse, poderia contar como seu pai desapareceu durante o regime militar. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse. A fala de Bolsonaro foi criticada pela então presidente da comissão, Eugênia Augusta Gonzaga, que foi substituída hoje por Marco Vinicius Pereira de Carvalho , advogado, filiado ao PSL e assessor da ministra Damares. “É muito grave essa declaração. Ele (Bolsonaro) está transformando um dever oficial, que é dar informações aos familiares, que ele já deveria ter cumprido, em uso político contra um crítico do seu governo”, disse Gonzaga, de acordo com o site UOL.
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