sexta-feira, 21 de junho de 2019

Reinaldo Azevedo: Sentença contra Lula precisa ser anulada


O jornalista Reinaldo Azevedo, da Folha e Bandnews, voltou a defender nesta terça-feira (14) a anulação da sentença proferida pela juíza Gabriela Hardt, que condenou o ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia, a 12 anos e 11 meses de prisão.

Reinaldo afirma que a prisão do ex-presidente Michel Temer é ilegal, mas que há “especial requinte” contra o petista — condenado sem provas pela lava jato no caso tríplex e no caso sítio de Atibaia.

Para Azevedo, a lava jato criou uma “Lei Penal para Lula” ao arrepio da Constituição Federal e por isso é uma ilegalidade que se completa com a imoralidade da sentença da magistrada que trocou “sítio” por “apartamento”. A juíza justificou que foi induzia a erro pelos modelos prontos do sistema ‘e-proc’.

“Fiz em cima (da decisão de Moro) e, na revisão, esqueci de tirar aquela palavra (apartamento). Eu comecei a redigir essa sentença em 7 de janeiro. Fiz sozinha. Então todas as falhas dessa sentença são minhas. Nosso sistema processual, o ‘e-proc’, tem modelos de documentos para que a gente comece a editar em cima deles. Eu raramente começo uma decisão do zero, porque seria um trabalho desnecessário. Então, para a gente não esquecer as disposições finais, os parâmetros, a gente sempre faz uma sentença em cima da outra”, transcreveu Reinaldo Azevedo d’O Globo.

O jornalista da Folha e da Band vê motivos de sobra para anulação da sentença da juíza Grabriela que, segundo ele, atribui a Lula crime de “corrupção ativa” quando queria dizer “corrupção passiva” e escreve esta pérola: ‘Embora a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva tente diminuir a credibilidade dos depoimentos prestados por colaboradores e pelos co-réus Léo Pinheiro e José Aldemário […]’

“Leu com tanta atenção os autos que não se deu conta de que Léo Pinheiro e José Adelmário são a mesma pessoa!”, fulminou Azevedo, que aproveita para perguntar se o acórdão de condenação de Lula no TRF4 no caso do sítio também já está redigido.

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