Abcam nega possibilidade de greve; CNTA diz que fará reunião com ministro
Heloísa Negrão – Folha de S.Paulo
A Abam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) afirmaram em notas que o pacote de medidas anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) para os caminhoneiros não atende às principais demandas da categoria, que são a queda do preço do óleo diesel e a fiscalização nas estadas do cumprimento da tabela do frete. De acordo com a CNTA, a alta de R$ 0,10 por litro de combustível, que entrou nesta em vigor nesta quinta, “aumentou ainda mais a tensão instalada na categoria.
Segundo a nota, os caminhoneiros carregam desde o "ano passado a frustração de não ter a lei do piso mínimo do frete cumprida”. A confederação diz ter feito um levantamento com 140 sindicatos, nove federações e uma associação colaborativa, para confirmar o posicionamento dos caminhoneiros.
A Abcam afirma que o aumento no preço do combustível gera um impacto nos custos e na previsibilidade do valor dos fretes e, por isso, os motoristas estão “enfurecidos”.
“É grande o número de queixas recebidas pela Abcam, tanto por telefone, quanto em suas redes sociais”, segundo nota. A associação, porém, afirma que não é possível afirmar que a categoria está se organizando para uma nova paralisação. Na noite de quarta, líderes caminhoneiros já articulavam uma nova paralisação para o dia 29 de abril.
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