Ricardo Boechat – ISTOÉ
Apesar de muito criticado o pagamento de auxílio-moradia a todos os magistrados do País, seguem os penduricalhos no Judiciário. Em decisão surreal, o CNJ deu “ok” para juízes do TJ do RJ receberem por atuação em audiências de custódia – sessões de julgamento realizadas para decidir sobre a prisão de pessoas detidas em flagrante.
Ou seja, paga-se por algo que é da natureza do trabalho do magistrado. No caso, o benefício equivale a um terço do salário – uns R$ 8,6 mil. Válido imaginar que o aval do conselho deverá levar outros tribunais a adotarem tal medida.
Enquanto isso, vinculadas ao Ministério da Fazenda, as duas estatais de tecnologia da informação do governo não foram bem avaliadas em auditoria do TCU. A Dataprev e o Serpro têm baixos índices de eficiência e produtividade no desenvolvimento de sistemas, quando comparadas às empresas privadas. E entre elas, uma é ainda pior: o custo médio por chamado na Central de Serviços da Dataprev é 66% maior do que no Serpro, no período analisado.
O tribunal mandou adotarem ações urgentes para melhorar os resultados, no prazo de seis meses. E em 90 dias apresentarem aos insatisfeitos clientes demonstrativos de formação de preço de cada serviço.
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