segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Ré tenta provar colaboração informal na Lava Jato

Ex-contadora de doleiro, Meire Poza anexou diálogos de WhatsApp que indicam acesso a bastidores da operação
Wálter Nunes – Folha de S.Paulo

A contadora Meire Poza, condenada na Lava Jato por lavagem de dinheiro, protocolou na Justiça documentos que comprovariam que ela era uma espécie de informante da Polícia Federal sobre outros acusados e que tinha acesso a informações sigilosas da operação.
O fato de ser uma colaboradora informal, sem ter assinado acordo de delação, pode levar a questionamentos sobre a legalidade da sua atuação e das provas obtidas com sua ajuda, segundo advogados.
Meire assessorou o doleiro Alberto Youssef antes de ele ser preso e foi denunciada por viabilizar o repasse de R$ 2,3 milhões em propina ao ex-deputado André Vargas.
Vargas usou sua influência para que a Caixa Econômica Federal contratasse uma empresa ligada a Youssef.
Em agosto, o juiz federal Sergio Moro, futuro ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, condenou Meire a 2 anos e 3 meses de prestação de serviços comunitários e multa. O juiz levou em conta a colaboração da contadora como atenuante.
A Procuradoria, porém, recorreu da decisão pedindo o endurecimento da pena e colocou em dúvida a efetividade da ajuda da contadora.

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