Determinado a resgatar a autoridade que o Estado perdeu nos últimos anos no combate à violência, o candidato a governador Armando Monteiro defendeu propostas e destacou a necessidade de unir as pessoas em torno da reconstrução do Estado, que nos últimos anos perdeu competitividade e enfrentou indicadores alarmantes de violência e desemprego.
“Os bandidos não terão mais vida fácil, como têm hoje. Vamos recuperar a autoridade do governo nas ruas, levar paz e tranquilidade para a população”, comentou, acrescentando: “O governo perdeu a autoridade, se fechou no Palácio e deixou que a criminalidade assumisse as ruas, estradas e até as áreas rurais”, argumentou, após o primeiro confronto entre candidatos, promovido pela Rádio Jornal, no Recife, nesta terça-feira (28).
Armando afirmou que o governo precisa apresentar resultados e não apenas ficar se lastimando pela crise. Além de Armando, participaram Paulo Câmara (PSB), Dani Portela (PSOL) e Maurício Rands (PROS). O debate começou sobre Educação. “Precisamos olhar o Estado como um todo e não apenas para um indicador. Pernambuco apresenta números constrangedores: temos um milhão de analfabetos e mais de 100 mil crianças fora da escola”, disse Armando.
Armando dirigiu pergunta para a candidata do PSOL Dani Portela, ressaltando a questão da violência contra as mulheres. A candidata concordou com Armando, afirmando que é fundamental investir em prevenção e combate ao crime, dizendo que Pernambuco é um território perigoso para as mulheres. “As delegacias aqui funcionam em horário comercial, como se o crime tivesse hora para acontecer”, ponderou.
Por outro lado, Paulo Câmara, questionado sobre a promessa não cumprida de construir o hospital de Serra Talhada, voltou a tentar transferir a culpa para o Governo Federal. Paulo, em 2014, prometeu construir 4 hospitais no interior do Estado e em 3 anos e oito meses de gestão não conseguiu entregar nenhum.
No terceiro bloco, Armando questionou Paulo Câmara sobre o fato de o adversário, há apenas três semanas, ter afirmado “estar arrependido” de ter trabalhado pelo impeachment de Dilma Roussef. “Você também se arrepende de ter votado em Aécio e ter impedido Marília Arraes de ser candidata e estar aqui conosco hoje?”, indagou Armando. Em resposta, Paulo admitiu que o PSB ajudou a levar Michel Temer à presidência porque atuou a favor do impeachment e apoiou Aécio Neves em 2014. Armando foi mais uma vez firme em seu posicionamento: “Eu sou leal, não mudo de opinião ao sabor do vento. Estou e sempre estive ao lado do presidente Lula”, disse, lembrando que votou contra o impeachment no Senado.
Nas considerações finais, Armando defendeu o debate honesto nesta campanha e deixou uma mensagem de esperança no futuro. “Não vamos falsear, mentir e fazer falsas promessas. O que tem faltado a Pernambuco é governo. Uma gestão que restaure a autoridade e tenha um olhar voltado para o micro e pequeno empresário, que gera emprego. Há um novo caminho que iremos seguir, para que a gente volte a crescer”.
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