POR FERNANDO BRITO ·no TIJOLAÇO
Não há nenhuma surpresa, claro, no fato do Datafolha ter registrado um aumento acelerado na deterioração da expectativas da população quanto à situação econômica.
A “ponte para o futuro” já nos mostrou para qual futuro pretendeu dar passagem, como nos versos de Lupicínio Rodrigues, deixando o céu por escuro e indo ao inferno à procura de luz.
Há várias razões para crer que este processo de perda de confiança vai se agravar, mais ainda e muito mais.
O cenário externo, sobretudo a alta dos juros americanos, drenando de volta capitais do mundo inteiro ainda não desatou a tempestade financeira nos mercados, mas há poucas dúvidas de que logo vai fazê-lo.
Aqui, o grau de desemprego, a interrupção – senão a reversão – da queda das taxas de juros, a paralisação dos investimentos públicos e a supressão do crédito para infraestrutura só prenunciam uma paralisia maior dos agentes econômicos.
A tal “candidatura de centro” não apareceu, dela ninguém sabe, a ela ninguém viu.
Dias atrás, escreveu-se aqui que a crise econômica brasileira “é uma crise de Estado e só pode ser resolvida por homens de Estado”.
Não os temos no momento, exceto um, excluído do processo político e preso em Curitiba, a Bastilha dos nossos senhores feudais, os que não têm para o Brasil senão o projeto do atraso, da colônia e da pobreza
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