segunda-feira, 9 de abril de 2018

Enfim, mídia para Lula, o pão de ló


POR FERNANDO BRITOno Tijolaço


O velho Brizola dizia: “eu sou como pão de ló, quando mais me batem, mais cresço”.

Em matéria de baterem, não há o que se compare o que estão fazendo a Lula.

Mas há o outro lado, que explica o que queria dizer o líder gaúcho.

Lula está e vai seguir na mídia que sempre o boicitou.

Haverá, é claro, a esporulação de manifestações de ódio, com isso, todas com direito à acolhida da imprensa, mesmo que seja a festa inclassificável de um dono de bordel paulistano.

Mas, ao fazerem o mal imenso que fazem ao ex-presidente dão a ele o que não tinha: o centro das atenções.

Quarta-feira, é provável que aconteça outra medida de força, insólita, com a recusa do STF a julgar as ações diretas de constitucionalidade que questionam a prisão antes do trânsito em julgado de sentenças.

Antes disso, manifestações por toda a parte.

Uma bandeira, quem a tem a esta altura?

Tenham paciência e entendam que o processo de formação da consciência popular é lento, porque é profundo.

O ajudem a formar-se, com informação e diálogo, sem achar que, como disse um leitor, criticando-me, o apelo ao convívio civilizado e aos valores democráticos não produz efeitos.

Quem atiçou o ódio e transformou as instituições em máquinas de perseguição foram eles, não nós.

Liberdade para Lula é o bordão que pode nos unir e está nos unindo, pelo significado que contém e que vai muito além da figura do ex-presidente, pessoalmente, vai ao que ele simboliza em matéria de fazer o povo brasileiro existir para o poder, não ser mais invisível.

Se entendermos isso, o tiro de Moro terá saído pela culatra.

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