A irmã e o primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ficaram em silêncio durante depoimento à Polícia Federal na semana passada. Andrea Neves e Frederico Pacheco foram presos na operação Patmos, desdobramento da Lava Jato com base na delação premiada dos executivos da JBS.
Procuradores da Lava Jato acompanharam os depoimentos, tomados na quinta (18) na superintendência da PF em Belo Horizonte. Eles fizeram algumas perguntas a Andrea, tais como sobre seu relacionamento com Joesley. Os investigadores quiseram saber há quanto tempo ela o conhece e se o encontrou em fevereiro para pedir R$ 2 milhões a pretexto de pagar honorários advocatícios.
Também perguntaram se Andrea agendou um encontro entre o senador e o empresário em um hotel no fim de março e sobre uma mensagem trocada com Joesley.
Joesley encontrou Aécio no hotel Unique, em São Paulo. Ele gravou a conversa às escondidas. O senador diz, entre outras coisas, que o presidente Michel Temer lhepediu que retirasse o pedido de cassação da chapa formada com Dilma Rousseff em 2014 e que corre no TSE (Superior Tribunal Eleitoral).
Ela também foi questionada sobre a programação para a entrega dos valores das parcelas de R$ 500 mil para Frederico por intermédio de um executivo da JBS.
A Frederico, os investigadores questionaram, entre outras coisas, quem entrou em contato com ele para que retirasse uma mala na sede JBS em São Paulo e se tinha conhecimento do que havia dentro. Também perguntaram quantas viagens ele realizou e quantas malas de dinheiro Ihe foram entregues na empresa. Ele tampouco fez algum comentário quando lhe mostraram imagens do circuito interno da JBS registrando o seu trânsito na companhia.
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