O Globo
Relator do pacote anticorrupção proposto pelo Ministério Público Federal no ano passado, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) concordou desde o início em receber recursos por caixa dois, de acordo com o relato do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar em sua delação premiada. Segundo o relato, houve o pagamento de R$ 175 mil no ano de 2006 e o codinome usado foi "inimigo".
— O senhor Onyx Lorenzoni sabia que ia receber via caixa dois? — questionou o procurador.
— Sim, soube — respondeu Alexandrino.
— Isso foi dito já nessa conversa inicial? — perguntou o investigador.
— Já foi dito nessa conversa inicial — disse o ex-executivo.
— Ele anuiu com isso? — questionou o procurador.
— Sim, Anuiu. Normal, anuiu. Não houve nenhuma rejeição, nenhum senão disso aí — afirmou Alexandrino.
O ex-diretor diz que fazia um trabalho de observar políticos que poderiam ter um futuro promissor e investir nas campanhas deles desde o início para criar uma relação com a empresa. Foi assim que chegou a Onyx, que se destacava no Rio Grande do Sul. Alexandrino diz que ele procurou Onyx em 2006 durante a campanha para oferecer os recursos.
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