O Juiz Sérgio Moro apresenta-se (ou é apresentado) à sociedade como um magistrado técnico e imparcial, cujos valores e atuação ética estariam seguros da vileza vicejante na sociedade brasileira, especialmente aquela presente no quadrante da política.
Sua atuação imaculada estaria a garantir ao país vitória sobre os corruptos e malvados.
A chamada “força-tarefa” que envolve o MPF, PF e Justiça Federal estima que a operação Lava-Jato pode recuperar até 12 bilhões de reais.
Mas é essa a vitória que se anuncia? Se for isso mesmo é possível afirmar que “o molho está mais caro que o peixe”, pois segundo estudo da consultoria GO Associados, os impactos diretos e indiretos da Operação Lava Jato na economia tiraram mais de 140 bilhões de reais da economia brasileira apenas em 2015, o equivalente a uma retração de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Mas não é só. A operação Lava-Jato, segundo o IPEA, provocou a desorganização da cadeia de óleo e gás e contribuiu para o crescimento do desemprego do país.
Outro aspecto merece atenção: a operação Lava-Jato não está sabendo diferenciar dirigentes corruptores e corruptos de instituições e empresas. Isso é péssimo para o Brasil. Os corruptos se cometeram crimes, devem ser penalizados, mas jamais as suas empresas, pois elas são um ativo brasileiro.
Moro parece desconsiderar que em algum momento o Brasil voltará a crescer e se a Lava-Jato quebrar as empresas brasileiras pergunta-se: quais serão as empreiteiras que retomarão o ciclo virtuoso no país? Teremos de recorrer a empresas internacionais?
Olhando por esse prisma parece claro que a “vitória” de Moro será uma vitória pírrica ou vitória de Pirro, ou seja, uma vitória obtida a alto preço, potencialmente causadora de prejuízos irreparáveis.
Sérgio Moro desconsidera que as instituições jurídicas não estão fora do sistema econômico, suas decisões desconsideram os efeitos econômicos catastróficos causados ao país.
Qual será de fato o objetivo de Sérgio “Pirro” Moro? O tempo, primo-irmão da verdade haverá de revelar.
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