terça-feira, 24 de maio de 2016

O desmonte da farsa

Por: *Sílvio Costa
Nunca tive dúvidas de que por trás desta tentativa de impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff  estava uma orquestração para estancar as investigações da Operação Lava Jato. Agora, com a divulgação dessa conversa entre o ministro provisório do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB-CE), está comprovado que esse, realmente, foi o principal objetivo da maioria dos parlamentares que votou a favor do impeachment.
Este governo provisório de Michel Temer (PMDB) tem se transformado, diariamente, numa agressão ao povo brasileiro. Lembro que, no discurso da posse provisória, o Michel Temer falou em moral política. Pergunto: qual a moral política de um governo que é refém de Moreira Franco, Eliseu Padilha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá e Eduardo Cunha? Todos do PMDB.
É estarrecedor Michel Temer ter nomeado os advogados e o chefe de gabinete de Eduardo Cunha para cargos no seu governo. E escolher como líder do governo provisório o principal defensor de Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara Federal, o deputado André Moura (PSC-SE).
Nomear o deputado Ronaldo Nogueira (PTB/RS) como ministro provisório do Trabalho, para que o irmão do ministro Augusto Nardes, algoz da presidente Dilma no TCU, pudesse assumir um mandato de deputado federal – na vaga de Ronaldo – será que é um pagamento de dívida pela orquestração do golpe? Falo do deputado Cajar Nardes. Será que foi mais um acordo cumprido pelo presidente provisório Michel Temer em troca do impeachment?
Ratifico que a presidente Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Todas as ações contábeis realizadas pela presidente Dilma ocorreram também nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luis Inácio Lula da Silva (PT) e na maioria dos estados e municípios do Brasil.
*Sílvio Costa foi vice-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara Federal.

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