Em
conversa gravada por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dizia ser inviável a
permanência da presidente Dilma Rousseff no poder: "todos estão putos
com ela", afirmou, em referência aos ministros do STF.
Nos
áudios, Renan também defendeu mudanças nas leis das delações premiadas
de forma a impedir que um preso se torne delator, artificio central da
operação Lava Jato.
Segundo
reportagem de Rubens Valente, assim como fez com o senador Romero Jucá,
Machado sugeriu "um pacto", que seria "passar uma borracha no Brasil".
Dizainda no áudio que o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot
estava querendo seduzi-lo.
Renan
responde: "antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que
alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação
premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação".
Renan
também ataca decisão do STF tomada ano passado, de manter uma pessoa
presa após a sua segunda condenação. Para ele, os políticos todos "estão
com medo" da Lava Jato. "Aécio [Neves, presidente do PSDB] está com
medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio
do Delcídio, se tem mais alguma coisa'", contou Renan, em referência à
delação de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que fazia citação ao tucano.
Por
meio de sua assessoria, o presidente do Senado informou que os
"diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou
tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o
caso porque nada vai interferir nas investigações"..
Machado diz ainda no áudio que o Procurador-geral da República estava querendo seduzi-lo (BR 247)
(Leia aqui na íntegra a reportagem da Folha sobre o assunto)
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