terça-feira, 30 de junho de 2015

Dilma enfim enfrenta o "Golpe Paraguaio"


Desde o mensalão (o do PT, porque o do PSDB sumiu com a cocaína do helicóptero do Senador Perella), sabia-se que o Golpe paraguaio – na Justiça – seguiria uma sequencia.

Pegar o Dirceu, através do Dirceu pegar o Lula e, depois do Lula, derrubar a Dilma.
Estava escrito lá atrás, desde o furo da “reportagem” da Renata Lo Prêt, na Fel-lha , com o grande estadista da Casa Grande, o Bob Jefferson.
A presidenta Dilma não disse nada sobre o mensalão.
Ao contrário, seu Ministro da Justiça (sic), o omisso Cardozo, deu declarações para coonestar a condenação do Dirceu: quem faz paga !
Como se sabe, o Dirceu foi condenado sem uma única, misera prova.
Foi vítima da tropicalização da teoria do “domínio do Fato”, uma excrescência que, agora, se instalou na Lava Jato.
Enquanto a cúpula do PT era dizimada sem provas, a Presidenta… quieta.
(Aliás, aqui pra nós, até hoje se espera uma palavrinha do Presidente Lula sobre a condenação – sem provas – do Dirceu, do plutocrata José Genoino, que comprou o duplex do Donald Trump na Quinta Avenida, com o dinheiro do Ban-co-do-Bra-sil-se-nho-res !, e do João Paulo Cunha … Mas, um dia, o ex-presidente, com certeza, falará deles …)
O Golpe se armava nas teias da “Justiça”, e a Presidenta, quieta.
Aí veio a segunda etapa do Golpe Paraguaio.
Com a valiosa colaboração do Eduardo Cunha e do Renan – enquanto aguardam a tornozeleira eletrônica -, do TCU pefelista/arenista, do Ministerio Publico de procuradores fanfarroes, da Policia Federal dos aecistas confessos , dos que usam a Presidenta como alvo de exercício de tiro, e que escarnecem, diuturnamente do chefe (sic), o zé da Justiça.
Montou-se o cerco do Golpe.
O Governo parecia sitiado.
Quem fornece os arcabuzes é o PiG.
Porque, não fosse o PiG, o Moro não passava de um rabula de Provincia.
Mas, foi a Globo que o transformou num semi-Deus, extraído da costela do Joaquim Barbosa – o campeão mundial da dominação dos fatos.
O ansioso blogueiro chegou para um Ministro de Estado e disse:
- Ministro, o cerco vai se fechando. E a sua chefe ?
- Parece chapada, foi a resposta.
Quando a delação bateu no Palácio, aí a Presidenta veio pra cima.
Lamentavelmente, ela diz que tomará providencias quando os delatores falarem dela, do Governo dela.
Mas, a questão não é pessoal, não é contra ela.
A questão é institucional.
É um Golpe de Estado !
É a tentativa de reverter a vitoria de 2014.
Já que a Direita já sabe que não chega ao poder pelo voto.
Nem em 2018.
Então, é preciso ocupar o Poder.
Apossar-se da Petrobras, como querem o Padim Pade Cerra, Aloysio 300 mil Nunes, e o Renan.
E desfazer o presidencialismo, como querem o Cunha e, sempre, o Cerra.
E Parlamentarismo, na estrutura política do Brasil, significa exercer o poder sem voto.
Por isso o Cerra tem a obsessão do Parlamentarismo, porque, pelo voto …
Mas, de qualquer forma, Dilma reagiu.
E reagiu muito bem.
Reagiu de uma forma política, cultural, institucional.
Delator é, por definição, traidor.
Inconfiável.
Delator, como o traidor, diz qualquer coisa.
O delator está no circulo IX do Inferno de Dante, é o ser mais execrável, o que mais sofre o calor do eterno fogo!
Para livrar a cara, o delator entrega a mãe.
Ainda mais 1001 delatores, como na coleção da Vara de Guantánamo.
Quem fabrica delatores em série é ditadura.
Quem encarcera para arrancar delação é o Coronel Ustra.
A profusão de delatores é o que aproxima o Coronel Ustra do Juiz Moro.
E foi isso o que a guerrilheira Dilma disse ao senador Agripino, outro que, se bobear, ganha uma tornozeleira eletrônica.
Num memorável debate no Senado, ela disse que, na ditadura, mentiu sob tortura.
Porque aos ditadores se mente.
Quiseram fazer da Dilma uma delatora, e ela não quis.
Resistiu.
Não traiu.
Não entregou ninguém.
Esse é o debate que precisa ser travado.
A quem interessa a delação ?
Por que o delator delata ?
Quem atinge ?
É o debate político.
Porque a Lava Jato não tem nada a ver com Justiça.
É um acerto de contas eleitoral.
Vamos combinar.
É para derrubar a Dilma e apear o PT do poder.
O resto é o Luar de Paquetá, como diria o Nelson Rodrogues, que visitava os intestinos morais da Direita.
O Juiz Moro quer é quebrar a Petrobras e as empresas que servem a ela.
(Veja como o Fernando Brito analisou o Plano de Negócios da Petrobras – o Bendine deve morrer de rir do Moro.)
O Moro e seus procuradores fanfarrões não querem os acordos de leniência.
Por que ?
Porque querem fechar o Brasil, congelar a economia brasileira.
Trancar o PIB a cadeia !
E dar a chave ao Cardozo !
Agora, que o Silverio dos Reis e o Calabar tocaram a campainha do Palácio, a Presidenta reagiu.
Foi tarde, mas foi em tempo.
Tem que enfrentar o Moro na Politica, na discussão institucional.
Porque, como o mensalão (o do PT) essa Lava Jato tem a ver é com Política !
É com Poder.
Não tem nada a ver com Justiça
Porque se tivesse a ver com Justiça, o ministro Marco Aurélio, que tirou a escada do Moro, voltaria a ser endeusado pelo PiG, como foi no mensalão do PT.
E, no entanto, a entrevista dele não mereceu nem uma virgula do Ataulpho.
Porque a Justiça da Casa Grande a gente sabe como é.
É no açoite.
Nas costas do pobre.
Do negro.
Dessa gentalha – como diria o grande Senador Heil Bornhausen.
E, por isso, a Dilma e o Lula precisam ir para cadeia.
Não adianta invocar a Constituição ou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, como fez a competente advogada da Odebrecht.
Não é disso o que trata a Lava Jato.
Muito menos combater a corrupção, porque ali só tucano morto é suspeito.
A Lava Jato é uma Operação Política.
A Lava Jato deveria se chamar “Operação o FHC voltará !”
Só.
Está mais para a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara do que para a Presidência da Corte Internacional de Haia.
Agora, porém, a coisa vai ficar mais animada.
A água bateu nos tornozelos da Presidenta.
E quando isso acontece, pergunta ao Agripino…
Antes tarde do que nunca !


Paulo Henrique Amorim

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