247 - A entrevista de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, ao jornalista Severino Mota (leia aqui),
tem um trecho importantíssimo. Segundo ele, houve uma tentativa
indevida de interferência na sucessão presidencial deste ano, por parte
do advogado Antonio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto
Youssef e foi indicado pelo governador tucano Beto Richa para o conselho
da Sanepar, a empresa paranaense de saneamento.
"Estava visível que queriam
interferir no processo eleitoral", disse Janot. "O advogado do Alberto
Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo Beto Richa para
a coisa de saneamento, tinha vinculação com partido."
O resultado dessa vinculação foi a
profusão de vazamentos seletivos, que visavam atingir a campanha
presidencial de Dilma Rousseff. "O advogado começou a vazar coisa
seletivamente. Eu alertei que isso deveria parar, porque a cláusula
contratual diz que nem o Youssef nem o advogado podem falar", disse
Janot. "Se isso seguisse, eu não teria compromisso de homologar a
delação."
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