O deputado federal Paulo Maluf pediu afastamento temporário da presidência do PP de São Paulo após desentendimento com uma ala do partido que deseja apoiar a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nas eleições do próximo ano. Durante reunião realizada na quarta-feira, em Brasília, Maluf informou que se afastaria por pelo menos 90 dias do comando da sigla.
Antônio Carlos do Amaral Filho, presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, anunciou, no fim de novembro, seu desligamento da companhia após embate interno com o secretário-geral da legenda progressista, Jesse Ribeiro, braço direito de Maluf. Segundo ele, sua nomeação se deu por indicação do partido, com aval de Jesse e Maluf.
A pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Saúde, Antonio Padilha, tem se empenhado pessoalmente nas negociações com os partidos que podem integrar sua chapa caso se consolide como candidato do PT ao Governo de São Paulo. O ministro já se reuniu com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, que está centralizando as negociações, para acertar os detalhes do apoio.
Mesmo assim, a ala progressista que defende o apoio a Geraldo Alckmin, que inclui o novo presidente do PP de São Paulo, deputado José Olímpio, e os deputados que estavam presentes na reunião de quarta-feira, espera que o afastamento de Maluf permita a retomada das negociações com os tucanos.
Procurado, Maluf afirmou que sua licença servirá para "dar oportunidade" para José Olímpio comandar o partido. "Já tenho 82 anos, José Olímpio tem seus 50 e poucos, é uma chance de o partido rejuvenescer", explicou.
Valor.
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