Quatro
pessoas foram presas em Garanhuns, no Agreste do Estado, suspeitas de
desviar cerca de R$ 260 mil em verba pública do Hospital Regional Dom
Moura, uma das mais importantes unidades de saúde da região. Entre os
presos está uma ex-diretora do hospital, informa o G-1-PE.
A operação foi
realizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela Polícia
Militar (PM), nesta terça-feira (9). A Corregedoria Geral da União está
acompanhando a operação do Ministério Público e prevê uma auditoria nas
contas do hospital.
A Operação
Nacional contra a Corrupção foi deflagrada pelo Ministério Público, em
parceria com diversos órgãos, e deve cumprir mandados de prisão, de
busca e apreensão, de bloqueio de bens e de afastamento das funções
públicas em pelo menos 12 estados. O desvio de verbas públicas sob
investigação ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Leia mais.
A ex-diretora do
hospital que foi presa comandou a unidade de saúde de 2007 a 2012. Além
delas foram presos um auxiliar administrativo, um ex-porteiro que seria
usado como 'laranja' e a mulher do ex-porteiro, que ainda trabalha no
departamento financeiro do Hospital Dom Moura.
De acordo com o
procurador-geral da Justiça, Aguinaldo Fenelon, a Secretaria Estadual de
Saúde fez um requerimento à Polícia Civil para que investigasse o
hospital. A polícia concluiu as investigações há aproximadamente seis
meses e entregou ao Ministério Público.
"Com o poder do
Ministério, o promotor entendeu que o inquérito estava incompleto,
aprofundou e continuou as investigações da Polícia Civil. Com o
aprofundamento, foram encontrados 60 cheques na conta pessoal do então
porteiro, marido da mulher responsável pelas finanças da unidade",
detalha Fenelon.
Os 60 cheques totalizam R$ 260 mil e, depois disso, o Ministério Público pediu a prisão temporária dos quatro envolvidos. Ainda
de acordo com o procurador-geral, foram apreendidas câmeras
fotográficas, notebooks, pendrives e outros materiais que serão
analisados pelos promotores e equipe técnica do MPPE. "Podemos solicitar
outras prisões, se nós entendermos que houve mais recursos desviados
além desses R$ 260 mil", conclui Agnaldo.
Apoio ao MPRN
No Recife, o
Ministério Público de Pernambuco também cumpriu dois mandados de busca e
apreensão em duas empresas promotoras de eventos que têm sede na
capital pernambucana - a Luan Promoções e Eventos, na Ilha do Leite, e a
Mota Promoções e Eventos (nome fantasia Fonttes Promoções e Eventos),
em Boa Viagem.
A ação faz parte
de investigação realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte
(MPRN). O alvo da apuração são contratações de apresentações artísticas
pela prefeitura do município de Guamaré, no RN.
Segundo o MPPE,
foram apreendidos diversos computadores, documentos, dinheiro e dois
veículos. Na Luan Promoções foram apreendidos R$ 43.489, US$ 1 mil, €
16.860 e, em cheque, R$ 1.759.174,20. Na Fonttes, foram recolhidos R$
6,9 mil. Quatorze policias civis, 16 PMs promotores de Justiça e
servidores do MPPE participaram da operação.
Procurada pela
reportagem do G1, a Luan Promoções e Eventos informou que promotores e
policiais estiveram na sede da empresa, nesta manhã, em busca de
documentos para a investigação que está sendo realizada no Rio Grande do
Norte. Ana Paula Farah, produtora da Fonttes, informou que a empresa
não tinha nada a declarar. "Nossos advogados estão cuidando de tudo",
encerrou.(blog de magno martins)
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