UMA GRANDE CRISE DIPLOMÁTICA
“Primeiro levaram os negros.
Mas eu não me importei com isso.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários.
Mas eu não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis.
Mas eu não me importei com isso.
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho emprego, também não me importei.
Agora estão me levando, Mas já é tarde.
Como não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo.”
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE.
Em outubro de 1962, o mundo viveu uma crise que poderia ter levado ao fim do planeta Terra. O episódio, conhecido como a crise dos mísseis, foi um dos momentos de maior tensão da chamada “Guerra Fria”. Durante 13 dias, o mundo ficou tenso diante da possibilidade de uma guerra nuclear entre as duas superpotências da época: Estados Unidos e antiga União Soviética. Hoje talvez, vivamos uma crise tão grave como aquela. A Inglaterra ameaça invadir a embaixada do Equador para prender Julian Assange, o fundado do site Wilileaks. O Equador garantiu asilo político a Assange, mas a Inglaterra não aceita esse asilo e diz que vai invadir a embaixada.
Isso, caro leitor, seria uma crise sem pretendente na diplomacia internacional, o que acabaria abrindo uma caixa de pandora nas relações internacionais; acabando, assim, com qualquer soberania das nações. A convenção de Viena, criada em 1962, proibi claramente invasão dos locais diplomáticos, conforme seu artigo 22. Nos cinqüenta anos de vigência dessa convenção, nunca houve uma invasão de embaixadas. Se a Inglaterra vier fazer isso, será uma afronta a todos os países civilizados e acabará de vez com qualquer direito dos países, a sua soberania.
Você pode perguntar - o que eu tenho a ver com isso? Ora, não só você, mas todo o mundo, pois isso pode representar uma violação à soberania do Brasil também. Durante a ditadura, muitas vidas foram salvas porque conseguiram asilo políticos em outras nações. Já imaginou se não houvesse esse acordo entre as nações? Muito companheiros poderiam ter sido presos. Bastaria os militares invadirem o território desses países e prenderem os “subversivos do regime”. Se essa atitude que a Inglaterra quer tomar vigorasse naquela época, não teríamos tido três governo de Miguel Arraes, de Leonel Brizola e tantos outros exilados, que tanto contribuíram para restauração da democracia em nosso país.
Esse tipo de atitude inglesa é próprio de impérios arrogantes que não respeitam convenções internacionais e que se acham os donos do mundo. Esquecem esses poderosos que a geopolítica do mundo mudou nesse século XXI. A informação também está mais acessiva, o que tem contribuído para inibir certos tipos de arbitrariedade.
Para quem acha que não devemos nos importar com a repugnante atitude inglesa, deixo aqui o poema de Bertolt Brecht:
Você pode perguntar - o que eu tenho a ver com isso? Ora, não só você, mas todo o mundo, pois isso pode representar uma violação à soberania do Brasil também. Durante a ditadura, muitas vidas foram salvas porque conseguiram asilo políticos em outras nações. Já imaginou se não houvesse esse acordo entre as nações? Muito companheiros poderiam ter sido presos. Bastaria os militares invadirem o território desses países e prenderem os “subversivos do regime”. Se essa atitude que a Inglaterra quer tomar vigorasse naquela época, não teríamos tido três governo de Miguel Arraes, de Leonel Brizola e tantos outros exilados, que tanto contribuíram para restauração da democracia em nosso país.
Esse tipo de atitude inglesa é próprio de impérios arrogantes que não respeitam convenções internacionais e que se acham os donos do mundo. Esquecem esses poderosos que a geopolítica do mundo mudou nesse século XXI. A informação também está mais acessiva, o que tem contribuído para inibir certos tipos de arbitrariedade.
Para quem acha que não devemos nos importar com a repugnante atitude inglesa, deixo aqui o poema de Bertolt Brecht:
“Primeiro levaram os negros.
Mas eu não me importei com isso.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários.
Mas eu não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis.
Mas eu não me importei com isso.
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho emprego, também não me importei.
Agora estão me levando, Mas já é tarde.
Como não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo.”
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE.
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