AE – Vários dirigentes petistas presentes ao julgamento do
recurso do prefeito João da Costa (PT), hoje, em Brasília, entendem que o
rompimento da aliança local entre o PT e o PSB foi provocado não pelo
racha petista, mas pelos movimentos nacionais do governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, mirando 2014.
“Tudo isto está acontecendo porque 2014 já começou. Quem não vê isto é
porque não quer”, disse o deputado Fernando Ferro (PT). Para o
ex-deputado Paulo Rocha (PA), que também participou da reunião, o PSB
está se afastando e “se fazendo de exigente agora, para exigir a vice na
reeleição da presidente Dilma Rousseff, lá na frente. Ferro vai além.
“Ele está se articulando no cenário nacional para ser vice ou para ser
candidato a presidente”, atacou.
Cauteloso o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, em
entrevista coletiva, que a decisão de Eduardo Campos de lançar candidato
próprio no Recife “não é indício de uma candidatura Eduardo Campos; é
indício de que ele quer se afirmar”. E se queixou do rompimento,
destacando que partiu do governador e presidente nacional do PSB a
iniciativa de romper com o PT. “Não fomos nós que menosprezamos a
aliança. A decisão foi dele (governador)”, cravou.
Antes de pensar em vencer o governador nas urnas, os petistas têm a
difícil tarefa de costurar a unidade interna. “O Humberto tem uma missão
difícil, mas estamos muito confiantes na capacidade dele”, observou Rui
Falcão, destacando que também aposta na força do PT pernambucano “e,
principalmente, no apoio do presidente Lula”.
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